O presente artigo aborda as práticas de promoção de identidades contidas no que vem sendo chamado de “Gestão Social” de populações deslocadas por projetos de hidrelétricos, entendendo-as como elementos da dimensão subjetiva de um dispositivo de governo. Estuda-se o caso da usina hidrelétrica Porce III, construída na década de 2000, na Colômbia. Os dados provêm de análises documentais e trabalho etnográfico. Evidencia-se a vontade de formar sujeitos empreendedores, ambientalizados e dóceis, favoráveis ao sucesso das medidas de manejo de impactos sociais das usinas hidrelétricas no seu processo de apropriação dos territórios, bem como à promoção de uma racionalidade gestionária de governo.